quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Discursar: ajudar ou enganar?

http://tubaraoesquilo.pt/jose-socrates-discurso-directo/mensagem-de-natal-do-primeiro-ministro/

Irá ser vos apresentada de seguida uma análise critica do discurso de final de ano do nosso Primeiro-ministro José Sócrates. Recordando o passado mês de Dezembro de 2007, José Sócrates discursou perante o país sobre o trabalho desenvolvido no ano de 2007 e a desenvolver no ano de 2008. Perante tudo o que se foi passando ao longo deste ano, pode-se concluir que nem tudo o que é dito num discurso político pode ser levado como certo pois podem subsistir erros ou promessas falsas.
Sócrates ao longo do discurso, profere por inúmeras vezes as problemáticas a serem ultrapassadas pelo povo português, não deixando nunca subentendido que eram problemáticas sem resolução, contornando-as sempre com promessas e exemplos de como podem ser ultrapassadas. Utiliza muitas vezes números, fruto de outras problemáticas resolvidas, para que o auditório possa assimilar o discurso, podendo assim o orador contar com a aderência deste.
É um discurso muito bem estruturado, conseguindo muitas vezes Sócrates contornar as problemáticas que tinha, obrigatoriamente, de enunciar. Tenta sensibilizar o povo para que este ajude na ultrapassagem das problemáticas, como pode ser constatado com a seguinte frase: “Há quem diga que tudo isto é pouco ou que conta pouco. Será sempre pouco, é verdade, para quem não precisa ou para aqueles que apenas insistem em desmantelar a protecção social que o Estado tem a obrigação de garantir na nossa sociedade.”. Penso que é uma frase que toca qualquer ouvinte ou leitor do discurso em análise, pois é utilizada uma linguagem muito comum.
A linguagem do discurso foi muito bem escolhida pelo orador, pois é perceptível por qualquer classe social portuguesa, o que é extremamente importante na aderência do auditório.

sábado, 14 de junho de 2008

Portugal segundo A correspondência de Fradique Mendes (Eça de Queirós)

“O que você queria era habitar o confortável Paris do meado do século XIX, e ter aqui, a dois dias de viagem, o Portugal do século XVIII, onde pudesse vir, como a um museu, regalar-se de pitoresco e de arcaismo...”

“A saudade do velho Portugal era nele constante: e considerava que, por ter perdido esse tipo de civilização intensamente original, o mundo ficara diminuído.”

“Onde estão (exclama elle, algures) os pratos veneraveis do Portugal portuguez, o pato com macarrão do seculo XVIII, a almondega indigesta e divina do tempo das descobertas, ou essa maravilhosa cabidella de frango, petisco dilecto de D. João IV, de que os fidalgos inglezes, que vieram ao reino buscar a noiva de Carlos II, levaram para Londres a surprehendente noticia?”

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Se existissem lá flores...

Se existissem lá flores e desimpedidas fossem,
eu as colheria e por elas me apaixonava.
Com elas podia plantar um jardim.
E que enchesse, e crescesse, e existisse uma agradável paisagem,
e na raiz da mais bonita eu me encontrasse.


Cheirei uma rosa e seu aroma persistiu em mim,
cheirei um cravo e o cravo fez-se rosa.
Plantei-o noutro jardim e o jardim converteu-se num rosal,
e os arbustos do pinhal, e os seus pinheiros fizeram-se rosas,
e da cor das rosas se tornou a abelha
que poisou para se alimentar,
e céu e a terra exalam todo o cheiro que pairava em mim.


Maldito seja quem enviou o fruto para o outro lado.
Um fruto, uns brincos dourados e um punhal de bronze.
Procuraram eles na espera de encontrar o punhal,
e elas procuraram na esperança de encontrar os brincos,
e procuraram, procuraram os pequenos na espera incessante de encontrar o fruto.

Abscindir o Sofrimento

Como todos sabemos, aquele dia da revolução, foi talvez, o dia mais feliz da vida dos portugueses com mais de 50 anos. Aqueles intrépidos soldados que mudaram a vida de muitas pessoas naquele dia brilhante, são agora os que ainda estão vivos, condecorados pela sua valentia de terem conseguido derrubar a politica rançosa que se fazia sentir. Grandes homens foram e agora pequenos homens são, pois os grandes organizadores são relembrados sempre que se passa nesta data, enquanto que o pequeno soldado não é relembrado. Ambos fizeram parte desta revolução, e nós nos dias de hoje estamos-lhes gratos por isso. Somos pessoas livres de opressões terríveis, por parte de um maluco qualquer que tinha a mania do poder. Tanto poder tinha que acabou por ficar perturbado após dar uma queda de uma cadeira. Cómico. Suponho que sabe de quem estou a falar. António de Oliveira Salazar, reconhecidos por alguns como um grande homem e por outros como um cão mal cheiroso que apareceu para assolar a vida a muitos que defendiam o interesse do povo. Já ouviu falar em censura? Claro que já! Aquela coisa que nos proíbe de dizer aquilo que bem nos apetece, que nos aprisiona os pensamentos da nossa mente, sem que se possam soltar. Sim, Salazar também nos fez ultrapassar uma grande crise, mas era obvio que tanto poder só podia dar em maluqueira de dominador. Quero eu dizer com isto que, o poder lhe subiu à cabeça, e que o receio de perder este poder era demasiado alto para se dispensar a opressão.
Enfim, grandes homens fazem grandes feitos, mas também nos provocam grandes desfeitas, pois o que se espera deles não é exactamente o que vão fazer.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Santos e Pecadores

Cada vez mais sente-se o aumento da violência no nosso País. Provem do incremento dos problemas sociais, descaracterização das famílias e consequente desacompanhamento dos filhos.
O aumento de comportamentos violentos também é visível nas escolas.
A violência nas escolas é um problema grave, que deve ser resolvido o mais rápido possível. Com o acentuado aumento de violência que se faz sentir neste momento, tanto alunos como professores vão sofrendo consequências. Estas irão deixar marcas em ambos os intervenientes assim como das famílias e sociedade no geral.
Nem alunos nem professores são isentos de culpa, cometendo ambos os seus pecados nos seus comportamentos na sala de aula.
Não são só os alunos a cometer actos de violência contra os professores. Também os professores cometem actos de violência contra os alunos. A maioria das pessoas com idade superior a 40 anos de idade, desculpam os actos de violência cometidos pelos professores afirmando: “Na minha altura os professores batiam-me e se eu fizesse queixas ainda levava mais!”.
Os professores normalmente são desculpados por serem a autoridade dentro de uma sala de aula. Sem qualquer dúvida que o são, mas deverão ter os seus limites. Talvez um acto de violência delineado por um aluno contra um professor seja mais grave que o contrário. No entanto um professor que cometa um acto de violência quer física, quer psicológica, deve ser denunciado e punido pela escola onde lecciona. No caso de agressão a um professor, este poderá alegar danos psicológicos e incapacidade futura para leccionar. Um aluno, por sua vez, poderá ficar afectado para toda a sua vida escolar e consequentemente para o seu futuro. Pode ser o resultado por vezes de comportamentos irresponsáveis e pouco profissionais de alguns docentes. No entanto nada é feito para detectar e eliminar este tipo de comportamentos ou substituir os maus profissionais.
Exemplificando, na ultima semana do mês de Março de 2008, foi encontrado no site www.youtube.com um vídeo em que uma aluna aparece dentro de um sala de aula a ripostar contra uma professora. Chegou mesmo a agredi-la, apenas porque esta tentava confiscar o telemóvel. Agora sabe-se que a aluna que agrediu e o aluno que filmou o acto com o seu telemóvel receberam como castigo a transferência de escola. Quanto à professora, segundo a comunicação social, ficou com graves problemas psicológicos que provavelmente a irão incapacitar de continuar a dar aulas. Não será isto provavelmente exagerado? Apesar de ser um incidente grave, justificará declarar incapacidade à professora em causa? Agora, imagine-se que um professor agride um aluno porque este o injuriou, por exemplo. Neste caso o professor receberá um castigo? É certo que não deixará de continuar a dar aulas.
Então se um professor agredido deixa de dar aulas e vai, provavelmente, para a reforma, porque razão o professor agressor não é dispensado dos seus cargos de docente?
Estas minhas questões não ilibam de todo o comportamento condenável destes alunos.
Deixo estas questões para a nossa reflexão.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Pense por si…

O mass media, órgãos de comunicação social, tais como: televisão, jornais, revistas, rádio, imprensa, etc, apresentam-se hoje em dia como um todo poderoso omnipotente da opinião pessoal. O público que assiste a estes mass media limita-se apenas a “ouvir e calar” como diria o bom português. O principal objectivo destes mass media é satisfazer as necessidades do publico alvo. Este publico alvo após receber a informação, contenta-se com o que vê e com o que ouve e, apesar de nos tempos que correm o publico já ser um pouco mais duvidoso com o que ouve e vê, absorve esta informação não tendo a mínima preocupação em tratá-la, ou seja, não se preocupa em pesquisar ou analisar os dados que lhe são transmitidos.
Quando falo em duvidar, falo de dúvidas que o publico alvo tem quando considera a informação dada pelos mass media. Estas duvidas têm vindo a surgir com mais frequência com o aparecimento dos self media. Self media são órgãos de comunicação, mas desta vez a informação é escolhida pelo receptor. Um exemplo de self media é a Internet.
Mas deixando-nos de explicações, vamos então dar alguns exemplos de como os mass media formatam a opinião pessoal de cada um. Os recentes artigos elaborados pela quase totalidade dos jornalistas portugueses que abordam assuntos relacionados com o governo, limitam-se a caluniar tudo o que governo fez e faz de momento. Estes artigos nunca divulgam nada que o governo actual português tenha realizado de bom para o povo. Isto deve-se ao facto de a população ter mudado a sua mentalidade em relação ao governo devido à crise que se faz sentir no país, logo os mass media limitam-se a divulgar apenas o que o povo pretende ouvir e ver. Posso também dar outro exemplo completamente diferente, como por exemplo a influência que a novela “Morangos com Açúcar” tem sobre os jovens adolescentes da minha geração. O modo de se vestirem, o modo como falam e até o modo como agem é influenciado por esta telenovela. Costuma-se até dizer que os jovens hoje em dia vestem-se “à Morangos com Açúcar”.
Talvez esta influência seja assim tão acentuada porque a utilização dos self media tornou-se numa utilização pouco económica e de algum difícil acesso. Iremos esperar para ver a evolução dos self media, para que assim cada pessoa possa ter um opinião mais pessoal e não tão influenciada por estes mass media.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Mensagem ao Presidente da República Portuguesa

Exmo. Sr. Presidente da Republica



Venho por este meio expor o seguinte assunto, para o qual solicito a sua Excelência esclarecimentos.
No início do ano lectivo de 2006/2007, no agrupamento de escolas de Vieira de Leiria, concelho da Marinha Grande, os alunos foram impossibilitados de utilizar o pavilhão gimnodesportivo de Vieira de Leiria, por suspeitas de existência de amianto nas telhas de fibrocimento da cobertura. No final do ano lectivo de 2005/2006 os professores do agrupamento suspeitando da existência das partículas, expuseram o assunto á Câmara Municipal da Marinha Grande. Esperou-se que o problema fosse resolvido durante as férias do Verão do ano de 2006, o que não veio a acontecer. Por este motivo, considerando ter sido uma medida preventiva, proibiram-se as aulas de Educação Física no Pavilhão Gimnodesportivo durante o ano lectivo de 2006/2007. Entretanto o Conselho Executivo resolveu solicitar pareceres técnicos, ao que a Câmara solicitou análises ao teor de amianto existente na cobertura ao Delegado de Saúde da região. Para fazer face à falta de condições para as aulas de Educação Física, surgiu uma promessa, por parte da presidência da Câmara que o plano de actividades para 2006 da autarquia incluía uma verba de 65 mil euros, para reparação da cobertura do edifício.
As análises sobre o teor de amianto nas telhas do pavilhão demonstraram resultado negativo. Os mais de 1000 alunos pertencentes ao Agrupamento Escolar, apesar dos resultados das análises, continuam sem poder praticar o necessário desporto, independentemente das condições climatéricas, no pavilhão camarário.
A minha questão prende-se com o seguinte:
- Por um lado, por que razão continuam as autarquias a fazer promessas, sabendo que á partida não as vão cumprir? Como é permitido isso? E a quem devemos recorrer para denunciar estes comportamentos?
- Por outro lado quem é o responsável por estas decisões que apesar da intervenção dos pais dos alunos continua a impedir a utilização do espaço por parte dos alunos das escolas.
Gostava se possível de ser correspondido.

Sem outro assunto de momento, subscrevo-me com estima e consideração.
Os melhores cumprimentos

Paulo Henriques
(aluno do 10º ano da escola de Vieira de Leiria)